quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Mas afinal, o que falar para defensor de Bolsonaro?

 Na verdade, venho vendo isso há um bom tempo e percebo que não deveríamos encarar as tiradas de onda dele (presidente) e dos seus bozentos, fazendo o mesmo que eles, odiando ele ou fazendo piadinhas infames e coisas do tipo.

Aparentemente, tudo o que é feito contra Bolsonaro, é tido como um orgulho para seus bozentos. Eles gostam disso. Eles gostam de ver tanto as piadas do Bolsonaro, quanto as contra, pois falam logo e o PT? E o lula? E a Dilma? E o Psol? E a esquerdalha?

Esse assunto deve ser visto, com cuidado, por especialista, doutores em psicologia e sociologia. Precisa ser estudado a fundo. Nada do que já foi feito, impediu a proliferação (ou não, robozinho) dos bozentos. Tudo para eles é o que o Bozo fala. Se se diz que é fake, eles dizem que é verdade, se você tira onda, eles botam um milhão de ondas do Bozo (coitado do palhaço), se você se indigna, eles pisoteiam a sua indignação e humilham mais.

Isso é discussão para seminário em todo o Brasil com todos os especialista possíveis. Nacionais e internacionais. Como acabar com esse levante contra a democracia e o estado de direito que os bozentos estão desenvolvendo? Esta é a premissa. Como fazer isso, não sei. Mas deixo aqui este primeiro pingo de chuva para lavarmos essa insurreição.

Particularmente penso em dois caminhos, que nem sempre andam em paralelo: Justiça e Educação. No entanto, como processar um bozento, se vai existir um juiz que vai defendê-lo (sempre haverá, pois pensar em defender classes humilhadas é conflitante para quem ganha muito)? Vemos isso sempre, principalmente com a misoginia, mas também contra negros, índios, gays e principalmente, pobres. Juízes-deuses, acima da lei, da ordem, do bem e do mal. Não sei se essa poderia ser uma saída. Talvez educar os novos juízes e mostrar que ele também não vive sem o salário mensal dele? Por mais que ele ganhe? Talvez. E ai vem o segundo caminho.

A educação é a melhor saída, mas daqui a quanto tempo? E enquanto isso? A mídia, a pobreza, a violência, o poder hegemônico (seja qual for) vai continuar ensinando nossos alunos a serem corruptos em uma sociedade corrupta? Isso pra eles (na verdade para todos nós) é natural. Ou parece ser natural. Mas se pensamos em sociedade, devemos pensar na igual condição do ser humano. Vamos todos morrer. E o que vamos deixar para os que vem, após nossa morte? Esse pensamento é conhecido como progressista defendido por grande educadores como Morin ou Paulo Freire, por exemplo. Podemos dar passos para trás, mas vamos sempre em frente. Mas, para isso, precisamos de uma educação transformadora, crítica, revolucionária, como falam os mais extremistas (extremistas?).

Tenho culpado o PT por isso desde o primeiro ano de Lula no poder. Desde aquele tempo, dever-se ia ensinar o que é revolução para a crianças. Elas, hoje, aprendendo a patir dos seus 6 anos de idade, estariam com 20 anos hoje, olhem como seria a cabeça-bem-feita desses alunos na atualidade. Deixaram o bonde passar. O PT se dançou com o poder e gostou. (falo de integrantes, não do partido. Partido nenhum é corrupto. pessoas em suas instituições o são, e existem sim pessoas corruptas em todas a entidades).

20 anos. Justamente o que Darcy falou. Não temos mais como prender tantos criminosos que, na verdade, são humanos que não pensam socialmente. Podiam pensar. A educação pode ser o caminho, mas precisamos de outro renascimento, configurado nas boas práticas educacionais. Não. Educacionais não. Sociais. Podemos modificar totalmente as pessoas que pensem melhor no futuro de si e dos seus filhos, pois pensar da forma que pensamos hoje, em destruir, acabar, desmoralizar quem faz o correto, precisa acabar. Como? Eu não sei. 

Mas ai está uma ideia e espero que tenha sido útil, de alguma forma para pensadores, estudiosos, cientistas sociais e políticos. Precisamos dobrar a esquina com esse ônibus que só vai para frente e se andar um pouco mais, vai cair naquele precipício ó, está logo ali. Todos estamos vendo. E precisamos alertar, não apenas quem pensa diferente, mas os extremistas que estão hoje. "É difícil, mas não é impossível".

Lula Borges



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